Eu deitava na terra na minha infância,
Não me preocupava se sujaria minha roupa
Nem se meus cabelos, por caso, estivessem despenteados.
Às vezes, quando os galhos das árvores tampavam o céu
Eu gostava de brincar de ver o sol entre as folhas
Imaginava que veria algo que não fosse os raios solares.
Depois eu corria, até cansar ou então até tropeçar em alguma coisa.
Meu pai dizia, ( e ainda o vejo falando )
Que os tombos eram conseqüência de meus pequeninos olhos.
E talvez o fossem,
Mas no fundo eu sabia que era minha cabeça que estava nas nuvens
( ela nunca esteve olhando para baixo. )
Eu tenho marcas de dias como esses que
São os arranhões cicatrizados em meus joelhos e braços
Que não latejam mais, porque o que dói hoje é saudade.
E o que me entristece é que as ameixas não tem mais o mesmo gosto.
Eu sei, elas continuam a mesma...
Fui eu que amarguei o paladar.
Que vontade que bateu de algum dia como criança poder voltar,
Pois dias como aqueles fazem tempo...
Dias como aqueles fazem falta!
( Cáh Morandi )
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