Madrugada
São exatamente 01:35h da madrugada do dia 15 de abril de 2007, acabo de chegar em casa, um frio cortante lá fora, ainda mais hoje que resolvi passear de moto. Deitada agora de bruços em minha cama, apenas vestida com alguma peça intima, precisei escrever antes que me fuja o pensamento e eu desista.
Devo ser mesmo um ser inundado de sentimento, eu tenho em mim algo maior que o universo. Eu tenho a dor de tua ausência. No tudo que sou e sabia que era, sou absolutamente nada. Eu tinha todos os planos e sonhos certos, eu ainda me tinha domínio. Mas me apaixonei. Amei, amei, amei sem medida, mais do que qualquer humano nessa vida. E por amar demais agora não tenho meu amado, nem os sonhos, nem os planos, a alegria de minhas poesias.
Tudo que tenho hoje é esse papel que escrevo, essa dor em meu peito, e essa noite escura e gelada lá fora. Quanto ao homem que amo não sei, mas espero que em madrugadas assim tão frias ele tenha alguém pra aquecer seu corpo, alguém para abraça-lo enquanto dorme, e que o beije assim que acorde e se entregue toda vez que ele queira fazer amor, afinal amanhã é domingo, e sei que ele precisa de carinho e de boa companhia para conversar; talvez a leve num passeio e depois descansem juntos no meio da tarde. E tomara que ela fique contigo meu querido, porque sempre quando fui pra ti, meu vôo de retorno já estava marcado, mesmo eu nunca querendo ir embora. Mesmo tudo que desejei era permanecer ao teu lado.
Essa noite está tão fria, e eu me culpo por não suficiente ter te amado.
Navegantes, 15 de abril de 2007.
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Um comentário:
"Se as coisas são inatingíveis...ora!
não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!".
(M. Quintana)
Cáh, porque você terminou com a nossa amizade?
Tenha uma linda semana!
Bjos
Peter
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